Temos um conteúdo em vídeo te esperando! Role para o final da página. 🙂
Hoje vamos explorar estratégias para orientar nossos alunos na escolha profissional e lidar com a pressão da família nesse processo.
Isso é algo que todos passam, alguns alunos de forma mais intensa, quando os pais já estão prontos para escolher a carreira dos filhos! E outros alunos quando os pais dizem, “escolhe o que quiser filho, o que você gosta! Mas no final, quem paga?”
Isso também é uma pressão, afinal não podemos afirmar com certeza, qual é a profissão que vai ou não dar dinheiro! A questão é, vai muito além do dinheiro, porque o dinheiro é um reconhecimento das nossas habilidades e competências, e em qualquer carreira podemos ter ou não reconhecimento e valorização profissional!
Agora vamos pensar nessa expectativa da família, sobre a escolha profissional do jovem.
Expectativa da Família
Vamos ver alguns exemplos:
Imagine uma garota de 17 anos que está no 2º ano do Ensino Médio, e hoje ela decidi falar com sua mãe sobre uma ideia que tem estado na sua cabeça, sobre uma carreira, ela chega na mãe e diz:
Mãe, eu tenho pensado muito sobre a minha escolha profissional, já vi alguns profissionais na internet e achei essa área superinteressante: Eu quero ser fotógrafa. Quero fazer o curso de graduação de Fotografia. Gosto muito disso, você sabe né? Eu sempre gostei de tirar fotos e registrar as coisas com a câmera, eu uso até o celular, mas fico pensando como seria o trabalho de uma fotógrafa profissional. Estúdio de fotografia, câmera profissional, nossa eu acho isso muito legal!
A mãe preocupada responde:
Ah Filha, eu sei que você é talentosa, sempre gostou mesmo de tirar fotos e registrar as coisas, mas isso é uma carreira profissional estável? Tem curso de graduação em Fotografia? Nossa eu nem sabia que tinha faculdade disso. Mas tenho medo que você não consiga se tornar uma profissional nessa área e que não consiga viver única e exclusivamente de fotografia. Já pensou em outra coisa? Numa outra área mais ampla assim tipo, Publicidade e Propaganda? Eu acho que tem fotografia nessa área também, não tem? Na minha época quem gostava de fotografia acabava fazendo Faculdade de Publicidade e era fotógrafo nas horas vagas, sabe?
A angústia!
Vemos aqui uma aluna, uma jovem que possui uma vontade, um desejo, mas acaba recebendo uma opinião que acaba frustrando seus planos! E é claro que não existe certeza de nada nessa vida, quem garante que a Jovem irá ter uma carreira prospera? E quem garante que não terá?
Mariana: Eu estava tão empolgada para compartilhar meu sonho com a minha mãe, mas suas colocações me fizeram questionar minha decisão. Será que é melhor fazer um curso mais amplo? Será que não dá para fazer só fotografia? Que é o que eu gosto?
Minha mãe fala da época dela, mas agora é diferente, não é?
Mariana não está sozinha. Muitos alunos enfrentam desafios semelhantes.
Quando os pais não estão apoiando a escolha profissional de um aluno, certamente isso requer mais sensibilidade e empatia com o aluno. Mas existem passos que você pode seguir para ajudar tanto o aluno quanto os pais a encontrarem um entendimento mútuo.
Então, o que você poderia fazer para ajudar esses alunos e seus pais?
Estratégia
Será que somos nós, os orientadores que vamos “convencer” a família? Ou nós vamos convencer o aluno a mudar de curso?
Qual é o melhor caminho?
Nem uma dessas coisas: não temos o papel de convencer ninguém a fazer ou não um curso, a escolher ou não uma carreira. Esse não é o nosso papel. Nosso papel é mediação.
- Comece conversando com o aluno, oferecendo empatia, isso é, uma escuta atenta e presente.
Eu encontro alunos assim, com uma escolha profissional diferente da expectativa dos pais. Há um misto de tensão, de enfrentamento, de dúvida, de muitas coisas.
- Ajude o aluno a identificar qual é essa tensão.
Para os pais, sempre existe a questão do sustento financeiro: com essa profissão você vai conseguir se sustentar?
Também existe a questão do conhecimento: ah eu não conheço esse curso, essa área, isso não deve ser muito conhecido ou muito fácil, essa área tem muita concorrência, essa área é muito difícil encontrar trabalho, e por aí vai.
É papel do aluno entender as expectativas dos pais em relação ao futuro e buscar as informações sobre a carreira pretendida, não convencer os pais, mas apresentar para os pais, outras realidades profissionais que existem hoje.
- O papel do orientador é mediar.
Quando há muita dificuldade nessa interação entre os pais e o aluno, é preciso abrir espaços para o diálogo.
- Troca de Experiências.
Tratar do assunto de forma mais coletiva tipo: Trazer um profissional para falar com os pais sobre as expectativas, como eles lidam com a escolha profissional dos filhos, desafios e realizações, o que esperam dos filhos e como podem dar suporte para os filhos nesse momento.
Compartilhar o processo de escolha profissional dos filhos com outros pais, pode ser um ótimo caminho para esse diálogo. Aproxima e ajuda a refletir sobre as mudanças que ocorreram nos últimos tempos.
Lembre-se de que a escolha profissional é uma decisão pessoal, e que cada pessoa precisa de apoio e orientação para fazer a sua escolha profissional com mais segurança.
Hoje falamos das escolhas e das expectativas que alunos e pais podem ter em relação a escolha profissional e a melhor forma de abordar isso: empatia, escuta ativa e presente, troca de experiências com outros pais e mediação. Esse é o papel da orientação.
Eu sou Letícia Bechara, consultora educacional, e estou aqui para auxiliar você a orientar seus alunos e suas famílias no processo de escolha profissional.
A gente se vê na próxima semana! Até mais!
