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A sala de aula não é para amadores, mas aceita alguns professores que escolhem a profissão e estão dando seus primeiros passos.
Quem está na coordenação pedagógica, percebe a necessidade dos professores entenderem a gestão da sala de aula, isso é, como eles precisam gerenciar o tempo das atividades e das interações com os alunos.
Essa gestão do tempo funciona como um conjunto de práticas que garante o funcionamento organizado, o engajamento dos alunos, o aprendizado e o respeito mútuo entre os colegas e o professor. Criando um ambiente de aprendizagem positivo que incentive o protagonismo e a autonomia dos alunos.
Pra entender melhor: o professor é não um ”explicador”. A internet tem excelentes explicações, até melhores que o professor. O espaço da sala de aula é “sagrado”.
Requer competência.
Um professor competente é um profissional preparado, que sabe lidar com as intercorrências e tem um objetivo – garantir oportunidades de aprendizagem para todos!
Confira algumas estratégias para ajudar você, professor no dia a dia da sala de aula:
1. Alinhe expectativas
Defina regras e expectativas desde o primeiro dia de aula.
Explique como o comportamento e a participação de cada aluno afetam o ambiente de aprendizagem.
Deixe claro o que você espera dos alunos e esteja aberto para ouvir o que eles esperam de você como professor.
Esse alinhamento também é muito importante com os pais, especialmente com os pais dos alunos menores.
Podemos alinhar com a família essas expectativas de como será a experiência do aprendizado dos alunos e o que se espera da participação dos pais e da não intervenção – isso mesmo: Não são os pais que tem tarefas de casa, são os filhos. Não se espera que os pais façam as tarefas, então cuide lá do que você demanda de lição de casa.
2. Crie um ambiente de respeito
A sala de aula é um local de interações e relacionamentos. Cada aluno tem um tipo de experiência familiar. O professor precisa esclarecer, exemplificar e mostrar o que significa o respeito da sala de aula: por exemplo: todos serão ouvidos, mas cada um precisa esperar a sua vez de falar.
A empatia e a gentileza são habilidades aprendidas a partir de uma conscientização – ensine, reforce, incentive essas habilidades, nas pequenas tarefas e situações.
3. Incentive a participação ativa
Como já falamos, o professor não é um mero “ explicador “ . Ele precisa explicar mas também precisa usar estratégias de ensino ativas, que fomentem discussões e interações entre os alunos. O aluno que compartilha o que está fazendo pode aprender muito melhor.
Conhece a pirâmide de aprendizado criada pelo americano William Glasser?
Para ele, o professor é um guia para o aluno e não um chefe.
Ele explica que não se deve trabalhar apenas com memorização, porque a maioria dos alunos simplesmente esquecem os conceitos após a aula. Em vez disso, ele sugere que os alunos aprendam efetivamente com você, fazendo, colocando em prática os conceitos que estão aprendendo.
Segundo essa teoria nós aprendemos:
10% quando lemos;
20% quando ouvimos;
30% quando observamos;
50% quando vemos e ouvimos;
70% quando discutimos com outros;
80% quando fazemos;
95% quando ensinamos aos outros.
“A boa educação é aquela em que o professor pede para que seus alunos pensem e se dediquem a promover um diálogo para promover a compreensão e o crescimento dos estudantes” (William Glasser)
4. Crie um ambiente físico diferente
Surpreenda os alunos na organização da sala: Isso pode incluir a disposição dos móveis e a presença de materiais visuais interessantes como cartazes e ilustrações.
Lembrando a importância de um ambiente organizado, iluminado e arejado para o aprendizado: Calor, desorganização e muito ruído AFETA a aprendizagem dos alunos.
5. Mindset fixo x Mindset de crescimento
Esse conceito desenvolvido pela psicóloga Carol Dweck pode ser utilizado na sala de aula para influenciar os alunos a lidarem com os desafios, os objetivos, as conquistas e as frustrações.
O mindset fixo é a crença de que as habilidades, a inteligência e os talentos são qualidades imutáveis. Pessoas com essa mentalidade acreditam que nasceram com uma quantidade limitada de inteligência ou habilidade, e que essas características não podem ser significativamente alteradas com esforço ou prática. Sou inteligente ou não. Tenho talento ou não.
Já o mindset de crescimento, é a crença de que habilidades e inteligência podem ser desenvolvidas ao longo do tempo, por meio de esforço, treino e perseverança. Pessoas com essa mentalidade veem o potencial como algo em constante expansão e acreditam que podem melhorar em qualquer área, desde que se dediquem a isso.
Alunos com um *mindset* de crescimento são mais propensos a serem resilientes, a aprender com os erros e a se esforçar para melhorar continuamente. Eles tendem a ter melhor desempenho acadêmico a longo prazo, porque acreditam que o aprendizado é um processo contínuo.
Seu papel como professor é incentivar o crescimento dos alunos em todas as áreas: acadêmica, intelectual, emocional e física.
E pra terminar, professor, você precisa de compromisso com a educação.
Como em qualquer profissão, entusiasmo e paixão pelo ensino são fundamentais para inspirar os alunos.
Se você mostrar que gosta do que está ensinando, isso pode contagiar os alunos e gerar muito mais interesse pelo aprendizado.
Ao implementar essas práticas, você pode criar um ambiente de aprendizagem positivo, que promove o desenvolvimento acadêmico e emocional dos alunos, contribuindo para o sucesso a longo prazo na educação deles.
Eu sou Leticia Bechara, consultora educacional e quero ajudar você no dia a dia da sala de aula.
A gente se ve, até mais!
